Duofel + 2, a história de um casamento feliz que encontrou a multiplicidade

Era uma vez dois, que se sentiam muito bem. Faziam coisas maravilhosas juntos, mas um dia sonharam em ser mais e explorar novas e infinitas possibilidades. E foi assim que o Duofel, formado por dois virtuoses do violão – os violonistas Fernando Melo e Luiz Bueno – tornou-se o Duofel +2, um magnífico quarteto que recebeu o auxílio luxuoso de dois pesos pesados da nossa música instrumental: Carlos Malta (flauta) e Robertinho Silva (percussão). Para nosso júbilo, o desse feliz encontro dos dois que quiseram ser mais nasceu um CD, “Duo + 2”, cujo show de lançamento será no dia 25 de maio, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, em São paulo, durante o Instrumental Sesc Brasil. Vamos torcer para que as agendas do duo e dos dois se encaixem para proporcionar a turnê nacional que este trabalho faz por merecer.

Malta foi o primeiro a se juntar à dupla. E o fez por iniciativa própria em 2016 após ouvir a dupla de violonistas na abertura de shows do grupo de Hermeto Pascoal, com quem tocou. A chegada de Robertinho aconteceria um pouco depois. O resultado desse encontro de músicos resultou num trabalho coeso e entrosado muito além de uma formação de violões com as participações especiais de um flautista e um percussionista. Pelo contrário: Malta e Robertinho também são protagonistas neste álbum de releituras de clássicos da MPB. Veja o vídeo dos bastidores da gravação do CD, realizada no Estúdio Gargolândia, em Alambari (SP):

Trata-se de 11 achados musicais, que revelam improvisos memoráveis sobre pérolas do cancioneiro popular como  “Canto de Yemanjá” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Água de Beber” (Tom Jobim e Vinicius), a sempre bela “Cais” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), “Maracangalha” (Dorival Caymmi) e uma versão de “Casa Forte”, que nos conduz a paisagens de tirar o fôlego.

“Este projeto é marcante, em nossa história, porque trouxe algo que nunca tínhamos experimentado em quase 40 anos de carreira do Duofel, que foi a liberdade do jazz, no sentido de se criar a música na hora ou de se transformar algo mais ou menos combinado. Essa foi umas das parcerias mais felizes que eu e Fernando já experimentamos”, comenta o violonista Luiz Bueno.

A liberdade criativa exercida por esses quatro instrumentistas gigantes pede bem mais que este álbum que chega ao mercado. Ouça aqui Duofel +2 completo:

Deixe uma resposta