Gabriel Grossi sem fronteiras

Gabriel Grossi
Capa do álbum 'Plural'. de Gabriel Grossi
Capa do álbum ‘Plural’. de Gabriel Grossi

Músico de renome internacional, Gabriel Grossi lança seu 13º álbum e comprova que desconhece fronteiras ao reunir um vasto time de extraordinários artistas brasileiros e estrangeiros em “Plural”. Marco de seus quase 25 anos de carreira, o trabalho atesta sua versatilidade como criador ao mostrar-se como compositor, letrista, arranjador, gaitista e produtor.

“Plural” é uma verdadeira celebração, reunindo parceiros que marcaram diferentes fases da carreira de Grossi. É o caso de Zélia Duncan e Lenine, que aparecem nos singles “Nosso Amor Vadio” e “Chamego no Salão”, respectivamente. Já “Motion” traz os ingleses Seamus Blake e Jacob Collier em um encontro transatlântico, enquanto a clarinetista israelense Anat Cohen surge em “Paisagem”.

Outro convidado internacional é o pianista cubano Omar Sosa, que abrilhanta a potência dançante “Banzo”. A presença do violonista Yamandu Costa (em “Hermanos”) e da entidade instrumental Hermeto Pascoal, em um improviso livre na faixa “Catarina e Teresa”, comprovam a sintonia de Gabriel com o cenário da música brasileira, instrumental e jazzística onde ganhou renome. Por outro lado, Leila Pinheiro (em “Nossa Valsa”) e Ed Motta (“Onde Nascem as Ondas”) exemplificam a forte ligação do gaitista, aluno e discípulo do mestre Maurício Einhorn, com os palcos da MPB. Vejam o clipe de “Hermanos”, com imagens da gravação da faixa em estúdio. É de tirar o fôlego:

A lista de faixas de “Plural” é mais que um caleidoscópio sonoro – é um intercâmbio de culturas multifacetado. O repertório convida a um passeio pela carreira de um artista inventivo e que se recusa a limitar-se por rótulos e gêneros. A reverência pelas mais diversas formas de expressão musical guiou essa incursão pelo passado, revisitando composições antigas, para revelar inéditas e mirar o futuro da música brasileira, onde as fronteiras entre o erudito e o popular tornam-se cada vez mais diluídas em nome da pluralidade e da acessibilidade.

“Chegando aos 25 anos de carreira, rolou aquele momento inevitável de reflexão sobre os caminhos nessa. Percebi de cara que minhas escolhas como músico nunca ficaram presas a um estilo de tocar ou a um gênero específico. Este trabalho é um resumo de muita coisa da minha carreira. Me vejo como um artista com a necessidade de misturar pessoas, gêneros musicais, atmosferas e sentimentos. Isso é muito do que eu vejo no meu próprio país e mundo afora. Nossa beleza está na mistura, na diversidade e nesta pluralidade. Isso reflete exatamente o que eu quero passar”, comenta o instrumentista.

Deixe uma resposta