Segundo a teoria de Maneva, ‘Tudo Vira Reggae’

Capa do álbum 'Tudo Vira Reggae', da Maneva
Capa do álbum ‘Tudo Vira Reggae’, da Maneva

Neste quarta-feira (1) celebra-se o Dia do Reggae. A música nascida nos bairros pobres e negros da periferia de Kingston, Jamaica, há muito  fez ouvir através de seu símbolo-maior que foi Bob Marley. Hoje ouve-se e toca-se reggae em todos os quatro cantos testa terra redonda (pois é, terraplanistas, lamento trazer essa notícia frustrante…). E mais que isso: tudo pode virar reggae. Essa é a proposta de “Tudo Vira Reggae”, álbum ao vivo de releituras de clássicos da MPB produzido pela banda Maneva que acaba de chegar às plataformas digitais nesta data especial para os fãs do gênero. As dez canções serão apresentadas ao vivo neste sábado (4) em show no Allianz Park, em São Paulo, em sistema de drive in, com cada um seu carro, como manda o bom senso. Os ingressos já estão à venda (Mais informações em http://www.arenasessions.com.br).

A relação de artistas cujos sucessos ganharam nova vida em arranjos reggae surpreende: Chitãozinho e Xororó (“Evidências”), Djavan (“Eu Te Devoro”), Raul Seixas (“Metamorfose Ambulante”), Titãs (“Epitáfio”), Alceu Valença (“Anunciação”), Los Hermanos (“Vento”), Hyldon (“Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”), Dilsinho (“Péssimo Negócio”), Vitor Kley (“Morena”), Marina e Cláudio Zoli (num medley de “À Francesa” com “Noite do Prazer”). “Um projeto que tem a nossa cara. Conseguir reunir músicas que fazem parte das nossas histórias e dar a elas um novo olhar foi uma experiência quase sensorial”, conta Tales de Polli, vocalista do Maneva.

Gravado na Estância Alto da Serra (SP) e seguindo todos os protocolos de saúde, “Tudo Vira Reggae” é fruto da primeira transmissão ao vivo realizada pela banda e foi dirigido por Julio Loureiro. Além das autorais que colecionam números expressivos,  350 milhões de streams nas plataformas de distribuição digital e 400 milhões de visualizações no YouTube, os amigos Tales de Polli (voz e violão), Felipe Sousa (guitarra), Fernando Gato (baixo), Diego Andrade (percussão) e Fabinho Araújo (bateria) incluíram canções cheias de memórias afetivas dos mais variados estilos, do sertanejo ao indie rock, passando pelo pop oitentista e pela nordestinidade de Alceu Valença, que também faz aniversário nesta quarta..

O sucesso foi enorme e banda não teve outro caminho a não ser gravar um álbum com essas releituras. “O Maneva conquistou algo difícil, que é o reconhecimento somente pelas próprias composições. Sem dúvida, é um projeto inovador exatamente por isso. Pela primeira vez, o público pode ouvir esse nosso ‘lado B’, aquilo que gostamos e que teve e tem forte influência em nossas vidas”, observa Diego Andrade. Ouça o álbum aqui com a gente:

 

 

 

Uma das favoritas da banda é justamente “Anunciação”, que a abre o álbum. “É uma canção eterna, de uma beleza sem tamanho. Só alguém dono de uma sensibilidade extrema consegue compor letra e música e transformar em hino. ‘Anunciação’ é assim, uma mistura perfeita de todos os elementos. É o nosso presente para o Alceu neste dia tão especial”, completa Tales, referindo-se ao aniversário do artista pernambucano, um dos gigantes da nossa música popular.

“Metamorfose Ambulante”, uma das criações emblemáticas da dupla Raul Seixas e Paulo Coelho, foi a primeira faixa de “Tudo Vira Reggae” a chegar ao mercado. Pelas redes sociais e em sistema de votação, os fãs escolheram o hit de Raul, gravado originalmente em 1973. “Raul é unânime, não tem jeito. Uma referência importantíssima e que contribuiu de forma rica com suas poesias singulares. Assim também são os outros artistas que trazemos nessa experiência musical. Convido vocês a viajarem conosco neste álbum que fala de amor, lembranças e saudades, mas em um só ritmo”, reforça Tales. Assista ao clipe da releitura de “Metamorfose Ambulante”:

 

 

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