Suricateando algumas canções por aí

Capa do álbum ‘Suricateando’ – Foto: Divulgação

Passado o baque inicial da quarentena vários artistas trataram de seguir suas carreiras sob novos signos, sobretudo os relacionados à inovação. O cantor, compositor e multi-instrumentista Rodrigo Suricato aproveitou o período para flertar com um universo bem distinto de sua trajetória. “Suricateando”, seu quarto álbum, que chega nesta sexta (21) às plataformas digitais é uma prova disso.

“Suricatear é o meu jeito de interpretar canções que se firmaram como grandes sucessos populares e que nunca fizeram parte do meu repertório”, conta o músico que iniciou a carreira tocando na noite, mas dentro de sua praia musical, o rock e o blues. “São canções que ouvia quando pequeno na tevê, são as canções cantadas pelo povo. Toco algumas em casa, para me distrair, mas com o meu jeito, a minha apropriação de cada uma delas”, diz o intérprete que, além da carreira solo,  também é o atual vocalista do Barão Vermelho.

E assim “Suricateando” é povoado por canções campeãs das paradas de sucesso das últimas décadas nas vozes de Fagner (“Deslizes”, de Michael Sullivan / P.Massadas), de Leandro e Leonardo (“Talismã”, também de Sullivan e Massadas), do Raça Negra (“Cigana”), do Roupa Nova (“Volta pra Mim”, Cleberson Horsth e Ricardo Feghali), de Almir Guineto (“Insensato Destino”, de Maurício Lins, Chiquinho Virgula e Acyr Marques), dos Paralamas do Sucesso (“Um pequeno imprevisto”, de Herbert Vianna e Theddy Correia) e de Djavan (“Faltando um Pedaço”).

Na foto da capa de “Suricateando” está o artista com sua primeira “guitarra”, uma raquete de plástico. “Todas essas canções são a trilha sonora das principais famílias que conheço, por isso levo-as muito a sério. É um presente para que meus amigos ouçam em casa”, destaca Rodrigo, ao falar desta memória afetiva. “Este repertório ficou ainda mais sensível com a impossibilidade de encontrar a família, os amigos”, conta Suricato, que demorou a entrar no esquema das lives.

No álbum Suricato cantou e tocou como faz em casa. Sem recurso de afinação de voz, sem obedecer a um andamento. Produzido por ele e masterizado em fita analógica.

Algumas dessas versões suricatedas estarão presentes na live que fará neste domingo (23). O repertório da live reunirá as principais canções dos três discos anteriores, compostos e idealizados pelo artista, entre elas “Sol-Te” vencedora do Grammy Latino de 2015, algo de Barão Vermelho, releituras, algumas inéditas e quatro músicas de “Suricateando”. “É uma performance solo, mas nunca sozinho. Na live o que vai prevalecer é um apanhado da minha produção autoral”, avisa o artista que se apresentará de um estúdio do amigo Ricardo Feghali (Roupa Nova), na Barra da Tijuca, do jeito que escolheu para si nos últimos tempos: um One Man Band: “Foi a forma que encontrei de ter o multi-instrumentista, o compositor e o artista no mesmo palco, sincronizados no mesmo corpo. Uma performance solo não deveria ser sem graça e encarei um enorme desafio”, diz Rodrigo. A live terá direção de Pedro Secchin e ganhará futuramente as plataformas digitais em 15 registros ao vivo, pela Universal Music. A live será transmitida no canal oficial do artista.

Veja mais em:

Rodrigo Suricato em versão homem-banda

 

Deixe uma resposta